Tem virado moda por aí adulto carregando boneca como se fosse bebê de verdade. Uns dizem que é terapia, mas cadê os estudos sérios que comprovam isso? A vida tem fases: infância, adolescência, vida adulta. Ficar preso numa delas parece mais fuga do que saúde. E não é só estranho — é preocupante.
Os chamados “bebês reborn”, hiper-realistas, têm ganhado espaço na mídia como se fossem solução emocional. Só que quando isso vira motivo pra consultas no SUS, aí é demais. O sistema já é precário, faltam médicos, exames e atendimento pra quem realmente precisa. Dar prioridade pra quem trata boneca como filho é um desrespeito com a população.
No fundo, o que parece é gente entediada, tentando preencher o vazio com fantasia. E como diz o ditado: mente vazia, oficina do diabo — ou, nesse caso, berçário de plástico.
Está na hora de falar sério sobre os limites entre fantasia e saúde mental. Não dá pra romantizar tudo em nome do “é só um hobby”. Em um mundo onde muitos desumanizam o próximo — a verdadeira criação divina — e tentam humanizar objetos, é urgente valorizar o que realmente importa: cuidado real com pessoas reais.