Da ficção para a realidade — e vice-versa. O que antes habitava os pesadelos da ficção científica agora caminha (ou derrete) entre nós. Pela primeira vez, cientistas da Universidade Carnegie Mellon criaram um robô capaz de liquefazer-se e depois reassumir sua forma sólida, como o temido T-1000 de O Exterminador do Futuro. A façanha foi possível com o uso de uma liga metálica à base de gálio, manipulada por campos magnéticos.
O pequeno robô demonstrou habilidades inquietantes: escapou de uma cela ao derreter, atravessou as grades e depois se recompôs do outro lado. A pergunta que ecoa não é apenas como isso é possível?, mas até onde isso pode ir?.
Estamos às portas de uma era em que máquinas não apenas pensam — mas moldam a si mesmas. A matéria obedece ao comando humano, mas por quanto tempo mais? O que acontece quando o criador perde o controle sobre o que criou? A fronteira entre tecnologia e instinto de sobrevivência talvez nunca tenha sido tão tênue.